No bimestre passado, um trabalho realizado nas escolas municipais Karin Barkemeyer e Valentim João da Rocha, analisaram a qualidade do ar nas proximidades destas escolas. Para isso, foi utilizado os liquens como bioindicadores de poluição atmosférica. Os liquens são dois seres em um só, uma relação de mutualismo entre fungos e algas unicelulares, sendo muito sensíveis a poluição, principalmente de combustíveis fósseis.
A idéia era calcular a densidade de liquens por cm². Para isso, utilizou-se uma amostragem em quadrats de 20x20 cm. Os alunos registraram as informações sempre no lado sul das árvores e a 1,30 m do solo.
Os resultados até o momento demonstram uma grande concentração da poluição nas proximidades da Escola Valentim João da Rocha, a análise dos alunos demonstrou uma densidade de 0,040 liquens/cm². Na Escola Karin Barkemeyer a densidade foi de 0,103 liquens/cm².
A densidade maior na Karin ainda não pode ser concluída como área livre de poluição, mas apenas é um pouco menos poluída que nas proximidades da Valentim João da Rocha. A conclusão dos alunos foi de que o fluxo de veículos na rua XV de Novembro e o terminal de ônibus são as principais fontes poluentes do bairro.
Uma das formas para diminuir a poluição nestes locais seria a arborização nos pontos com maior índice de poluição. Mas ainda é necessário aumentar as coletas de informações em outras áreas do bairro, sendo esta uma das atividades previstas para o Clube Cotidiano Ambiental na Escola Karin Barkemeyer.