Rio Piraí, Joinville/SC |
Olhe bem para a paisagem na foto ao lado. A paisagem na foto está sob risco de desaparecer. Está em discussão na Câmara dos Deputados a alteração do Código Florestal. A modificação é proposta pelo então Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB).
No seu parecer, de mais de 260 páginas, o relator demonstra toda sua burocracia típica do Stalinismo, de onde surgiu seu partido. Por outro lado, citações interessantes como a de John Foster em A Ecologia de Marx, onde se explica a lógica de destruição da natureza através do desenvolvimento do capitalismo.
Porém, toda teoria se perde observando os fatos: como alguém que diz entender que a destruição da natureza se dá por uma lógica capitalista, se apóia em uma lei que aumenta essa destruição para atender essa mesma lógica? Equivoco? Duvido!
Tudo estava orquestrado mesmo antes da candidatura de Dilma para a presidência. O PMDB, partido tradicionalmente ruralista, já sabia muito bem o que queria quando apoiaram a candidatura, agora eles cobram a fatura de suas almas. Aliás, como já foi dito em um post anterior.
Se Aldo Rebelo, que se diz um comunista, quer eqüidade para o setor agropecuário e que o pequeno produtor tenha mais oportunidades, por que não lutar contra os latifúndios, terras de grileiros e grandes áreas na mão de políticos influentes?
Os novos limites mínimos para as Áreas de Preservação Permanente (APP) passariam de 30 metros nas margens dos rios para 15 metros se este projeto de lei for aprovado. Mesmo com todos os discursos de redução de emissões de CO², é uma coisa óbvia que a diminuição de APP´s vai interferir na concentração de carbono no ar, porque terão menos árvores para absorver esse carbono. E o governo, que é mestre em fazer de conta, lança metas de redução de CO² para o mundo aplaudir. Talvez seja mais uma lei que não pegue, né Srº Presidente?
Todos os anos que trabalhei com Educação Ambiental, como professor ou não, fizemos questão de falar sobre as Matas Ciliares, inclusive com a Escola Municipal Bernardo Tank recuperamos um área de Mata Ciliar com os alunos. Imagino como se sentirão eles quando souberem que o que eles fizeram pode não valer de nada.
Alunos da Escola Bernardo Tank em atividade de plantio na Mata Ciliar |
A verdade é que os que cobram a fatura pós eleições já se organizaram e talvez a matéria proposta seja votada na semana que vem. Cabe agora a nós, impedir que se faça a vontade dos poderosos do agro-negócio. Se há algo que precisa ser mudado, que seja antes discutido de forma ampla e que todos os setores participem.
Abaixo estão alguns emails de Deputados Federais, mande seu recado e ajude a impedir a destruição do que restou de nossas florestas:
dep.rodrigorollemberg@camara. gov.br; dep.candidovaccarezza@camara. gov.br; dep.fernandoferro@camara.gov. br; dep.henriqueeduardoalves@ camara.gov.br; dep.fernandocoruja@camara.gov. br; dep.joaoalmeida@camara.gov.br; dep.paulobornhausen@camara. gov.br; dep.sandromabel@camara.gov.br; dep.joaopizzolatti@camara.gov. br; dep.paulopereiradasilva@ camara.gov.br; dep.jovairarantes@camara.gov. br; dep.hugoleal@camara.gov.br; dep.marcomaia@camara.gov.br
ótimo trabalho Guilherme
ResponderExcluirExiste mais alguma coisa que o "homem comum" possa fazer para lutar contra a destruição do que resta de nossas florestas?
ResponderExcluirO "homem comum" precisa de uma mudança de postura. Acredito que a mudança em nossos conceitos de como nos relacionamos com a natureza, forma de produção e consumo, enfim. Pra que exista essa mudança é necessário a Educação. E aqui cabe a Educação que praticamos no nosso dia a dia, passando isso aos nossos filhos ou até a desconhecidos. É uma das formas de lutar pela preservação.
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