Jurapê, sempre encoberto por nuvens |
Hoje, os que sobem as trilhas que levam ao Jurapê, também sentem um pouco da emoção que Johann sentiu. Porém, algumas marcas deixadas por pessoas mal educadas as vezes tiram um pouco dessa emoção.
Aqueles que sobem a trilha, tem a oportunidade de encontrar exemplares da flora e fauna típicos da Mata Atlântica, isso porque a declividade das montanhas impediram a retirada de madeira de lei em muitos trechos, o que possibilita ao visitante encontrar espécies raras como a canela-imbuia (Ocotea porosa), o cedro (Cedrela fissilis), entre outras. O difícil acesso também protegeu alguns animais.
Rio Cebolana |
Na minha última andança pelas trilhas tive a oportunidade de encontrar os simpáticos quatis, os sinambús espécie de lagarto parecido com iguanas e ouvir o canto de tucanos e arapongas enquanto caminhava pela trilha.
A trilha em si não é longa, tem pouco mais de 5 quilômetros, mas necessita preparo físico por ser bastante íngreme (coisa que eu não tenho muito!). Ao percorrer a trilha pode-se encontrar dois riachos para encher o cantil, o primeiro forma uma pequena cascata e o segundo é o rio Cebolana, já bem próximo ao cume. Neste é possível até tomar banho, isto se aguentar a água gelada.
Esta aventura é indicada no inverno, pois não há risco de tempestades.
Sinambú (Enyalius iheringii) |
Esta região, com um potencial enorme para o ecoturismo e turismo científico ainda precisa de uns ajustes. Acredito que deveria existir uma estrutura na base da trilha que não permitisse a entrada de visitantes sem antes receber recomendações, afim de evitar a destruição do local. Fica aí uma dica para os elaboradores do Plano de Manejo da APA Serra Dona Francisca.
Para aqueles que pretendem andar pelas trilhas do Jurapê, pense na natureza em primeiro lugar: forme grupos com no máximo 10 pessoas, muita gente destrói a trilha e a torna cada vez mais larga; a região é uma Unidade de Conservação portanto não pode ter perturbação, tem gente que pensa que está em uma festa rave; não corte árvores ou galhos para fazer fogueiras, no topo da montanha há espécies que só existem lá em cima, como as orquídeas do gênero Sophronites e por último leve seu lixo pra casa, por favor tenha educação.
Vamos desfrutar da natureza com consciência!
Fonte: Salamandra - Montanhismo e Escalada
http://www.asalamandra.com.br/jurape.php
Para ler o relato de Johann Paul Schmalz acesse o link: http://aerhpg.vilabol.uol.com.br/ajm/johannpaulschmalz.htm
Fonte: Salamandra - Montanhismo e Escalada
http://www.asalamandra.com.br/jurape.php
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