quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Serra Dona Francisca - refúgio da biodiversidade

Serra Dona Francisca
Alguns estudos indicam que em Santa Catarina restam 15% de Mata Atlântica. Sendo que nosso estado era coberto integralmente por este Bioma. A Serra Dona Francisca, no norte catarinense, é um dos principais remanescentes do sul do país com florestas contínuas, raras nos dias de hoje. 
Por apresentar estas características e principalmente por abrigar as nascentes dos principais mananciais de Joinville, um trecho da Serra Dona Francisca foi transformado em Área de Proteção Ambiental (APA), através de decreto municipal nº 8.055 de 1997. Nesta Unidade de Conservação ainda é possível encontrar representantes da mastofauna como a anta (Tapyrus terrestris), onça-parda (Puma concolor), queixada (Tayassu pecari), etc. Aves ameaçadas de extinção como a jacutinga (Pipile jacutinga) e o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis) já foram relatados em entrevistas com moradores da região. Porém, uma das mais famosas espécies da nossa fauna a onça-pintada (Panthera onca) não é relatada desde a década de 70, onde a última que se tem registro foi morta em 1975 na região do alto Cubatão. 
Um dos afluentes
do Rio Piraí
A simples criação de uma Unidade de Conservação (UC) não garante que de fato a biodiversidade seja conservada. Hoje, com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), toda UC deve apresentar um plano de manejo antes de sua implantação. A APA Serra Dona Francisca, criada em 97, agora começa a desenvolver seu plano de manejo, que vai determinar o quê pode ser feito na UC e como  planeja-se trabalhar para a efetiva conservação da APA. Mas, enfim, antes tarde do que nunca. Os modelos de UC no Brasil ainda sofrem do mal de só existirem no papel, enquanto a biodiversidade desses remanescente se esvaem como areia entre os dedos.
Pegadas de anta próximo à SC 301
É preciso que a sociedade se aproprie desta realidade, conheça as riquezas naturais das Unidades de Conservação e cobre a real conservação destes patrimônios.  

5 comentários:

  1. BOm dia, esse rastro nao e de anta e sim de capivara. É so observar os dedos. A anta tem a pisada do dedo do meio mais arredondada e todos os dedos sao mais largos e mais juntos. O da da capivara que é assim, mais abertos e mais pontudos.
    E se fosse rastro de anta afundaria bem mais neste terreno.

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  2. Como pode? Ja fazem mais de 15 anos que não são vistas Jacutingas nesta região.

    Como pode? Um pesquisar confunfir erroneamente uma pegada de Anta por uma de Capivara.

    Meu amigo,antes de publicar qualquer coisam, pesquise para relamente saber se esta falando a verdade.
    QUEM VOCÊ QUER ENGANAR.

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    1. Boa Noite,
      só para informar que hoje foi encontrada uma onça(morta) na serra dona Francisca, mas ainda não a vi, sendo assim não sei se é pintada ou parda mas todos que viram disseram que ela é bem grande.
      Até o momento a informação que se tem é que a onça será empalha.
      Att, Cris (r.s.s.n.)

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  3. Certamente é uma pegada de Anta. Embora não tenha uma referência de escala na foto para saber o tamanho, a morfologia é característica das patas de Anta. A quem citou que nao é pegada de Anta compare melhor a morfologia da pegada de Anta com a de Capivara (de preferência com literaturas técnicas e de confiança), notarás que a imagem acima se trata de uma pegada de Anta. Quanto ao rastro afundar, depende muito do substrato, das condições de umidade do mesmo, peso e padrão de deslocamento do indivíduo.

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